terça-feira, 29 de março de 2011

PIPA | Prêmio Investidor Profissional de Arte 2011


Incorporando as sugestões | alterações no Regulamento
O Conselho do PIPA decidiu que os 4 finalistas receberão R$10 mil (dez mil Reais) antes da exposição, para que possam ser utilizados como verba de produção.

Outra sugestão incorporada foi o prazo de 3 meses entre o anúncio dos finalistas e a abertura da exposição no MAM-Rio.

Embora alguns membros do Comitê de Indicação de 2011 possam ser os mesmos da primeira edição, galeristas não poderão ser convidados por dois anos consecutivos, e nenhum galerista poderá participar do Júri de Premiação.

O vencedor da edição anterior será convidado para compor Comitê de Indicação. Renata Lucas participará da edição 2011, como Indicadora.

No que diz respeito aos artistas indicados, outra alteração importante trata do compromisso com os prazos e documentos exigidos para a participação. Para garantir o cumprimento das regras e o bom funcionamento do Prêmio, os artistas indicados serão considerados participantes, ou seja concorrentes, do PIPA desde que além de receber pelo menos uma indicação, cumpram todos os prazos para entrega de documentos e material solicitados pela coordenação do Prêmio.
mais informação
Incorporando as sugestões | alterações no Regulamento
O Conselho do PIPA decidiu que os 4 finalistas receberão R$10 mil (dez mil Reais) antes da exposição, para que possam ser utilizados como verba de produção.

Outra sugestão incorporada foi o prazo de 3 meses entre o anúncio dos finalistas e a abertura da exposição no MAM-Rio.

Embora alguns membros do Comitê de Indicação de 2011 possam ser os mesmos da primeira edição, galeristas não poderão ser convidados por dois anos consecutivos, e nenhum galerista poderá participar do Júri de Premiação.

O vencedor da edição anterior será convidado para compor Comitê de Indicação. Renata Lucas participará da edição 2011, como Indicadora.

No que diz respeito aos artistas indicados, outra alteração importante trata do compromisso com os prazos e documentos exigidos para a participação. Para garantir o cumprimento das regras e o bom funcionamento do Prêmio, os artistas indicados serão considerados participantes, ou seja concorrentes, do PIPA desde que além de receber pelo menos uma indicação, cumpram todos os prazos para entrega de documentos e material solicitados pela coordenação do Prêmio.
http://www.premiopipa.com.br

quarta-feira, 23 de março de 2011

EXPOSIÇÃO Memorial da Cultura Cearense recebe a mostra “Xilogravura Nordestina-Trajetória e evolução”


O Memorial da Cultura Cearense (MCC) recebe no dia 30 de março a exposição Xilogravura Nordestina – Trajetória e evolução. Com curadoria de Bené Fonteles, a mostra apresenta uma síntese de quase um século em que a xilogravura no Nordeste alcançou um notável nível de apuro estético partindo da tradição popular fundada no imaginário do povo por Mestre Noza, de Juazeiro do Norte, no Ceará. A mostra destaca ainda como o artista pernambucano Gilvan Samico vai criar e redimensionar esta escola dentro do espaço da arte contemporânea.
A xilogravura é marcada pela rica plasticidade do imaginário popular – não menos sofisticado e inteligente que a plástica da cultura erudita –, através da obra de tantos e geniais mestres xilógrafos.

O primeiro artífice da xilogravura a ser conhecido nacional e internacionalmente foi Mestre Noza em Juazeiro do Norte, Ceará. Ele foi pioneiro na popularização da técnica quando trabalhava por encomenda para a Tipografia São Francisco, que desde os anos de 1930 era a mais importante editora e impressora do Cariri. A gráfica foi depois rebatizada pelo poeta Patativa do Assaré com o nome de Lira Nordestina.

Em Juazeiro do Norte surgiram outros geniais artistas da xilogravura, a partir da década de 1940: João Pereira da Silva, Walderêdo Gonçalves, Manoel Lopes da Silva – o “Manoel Santeiro” –, Damásio Paulo, Antonio Batista da Silva, Abraão Batista e Antonio Lino da Silva. Estes mestres gravadores ensinaram a lida ou inspiraram a obra da geração seguinte na região do Cariri, entre eles Stênio Diniz, José Lourenço, João Pedro do Juazeiro, Francorli, Cícero Lourenço, Nilo, Gilberto Pereira, Cícero Vieira, Hamurabi Batista e muitos outros, quase todos vindos da oficina gráfica Lira Nordestina.

Pernambuco também foi palco de grandes mestres xilógrafos como Dila, Costa Leite, Marcelo Soares, Amaro Borges, Jerônimo Soares e J. Borges, que faz uma escola estética seguida por parentes. Há também a contribuição de Ciro Fernandes, ilustrador de refinado senso estético. Já na Paraíba, destaca-se a obra seminal de José Altino.

Outro importante artista da xilogravura nordestina é o pernambucano Gilvan Samico. Ele trabalha com uma linguagem ousada, que teve como ponto de origem o imaginário dos artistas gravadores populares do Nordeste. Samico recria e ‘transcria’ todo o fabulário nordestino e universal, utilizando de matéria poética, nunca meramente narrativa, sempre essencialmente visionária. Renova também a gravura no Brasil por meio de uma complexa forma de gravar, feita com apuro e rigor estético.

Para Ariano Suassuna, Gilvan Samico é uma extraordinária personalidade de artista erudito que, ligando-se espontaneamente às raízes da arte popular nordestina e dando-lhe uma amplitude e uma profundidade maiores, cria aquela obra que, para ele, está acima de todas no campo da gravura brasileira. Suassuna tem Samico como herdeiro e rei da gravura popular nordestina.

A exposição Xilogravura Nordestina-Trajetória e evolução vai apresentar de Noza à Samico,a xilogravura que percorre do sertão à cidade uma grande e fascinante vereda: transforma o ordinário da madeira na mais extraordinária matriz imagética, criando e recriando mundos nunca gravados à memória de um Brasil Universo.



Saiba mais sobre a Xilogravura

A xilogravura consiste em gravar imagens numa madeira mole (cajá, imburana, cedro ou pinho) com instrumentos cortantes (goiva, faca, canivete, estilete, formão, buril). O desenho é feito no papel, passado para a madeira com carbono, ou desenhado diretamente na madeira. Em seguida, começa a ser talhada para finalização. Depois de gravada, a matriz recebe uma fina camada de tinta espalhada com a ajuda de um rolinho de borracha. Para fazer a impressão, basta posicionar uma folha de papel sobre a prancha entintada e fazer pressão manualmente, esfregando com uma colher ou mecanicamente, com a ajuda de uma prensa.



Presume-se que a origem remota da arte de gravar em madeira é uma contribuição milenar da cultura indiana que a usava para estamparias decorativas e religiosas. Esta técnica se espalha depois pela China e o Japão que a aperfeiçoa em sua mais perfeita e refinada forma de gravar de artistas japoneses como Hokusai e Hiroshige. Estes, vão inspirar pintores impressionistas como Claude Monet, Van Gogh e Paul Gauguin .

A primeira notícia que se tem da chegada dessa técnica no Brasil, é de 1808, com o advento da corte real portuguesa. Os xilógrafos nordestinos são os primeiros artistas a alimentar o imaginário visual do sertanejo com imagens de sua própria cultura, ou recriadas das raras publicações vindas da Europa que chegavam desde o final do século XIX

Os xilógrafos nordestinos ilustraram no início do século XX os novenários, os almanaques, os cordéis – que passaram por temáticas religiosas, políticas e eróticas – e colaboraram também com a publicidade por meio da execução de rótulos de bebidas, de folhetos comerciais e da criação e reprodução de marcas e logomarcas.
Serviço: Abertura da exposição “Xilogravura Nordestina-Trajetória e evolução”, dia 30 de março, no Memorial da Cultura Cearense no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Acesso livre.

Horário de visitação: Terça a quinta, das 9h às 19h (com acesso até 18h30). Sexta a domingo, das 14h às 21h (com acesso até 20h30).

Museu Madi não tem data para reabrir acervo



om obras avaliadas em R$ 711 mil, peças do Museu Madi ainda não têm prazo para voltarem à exposição pública

Sobral. Há praticamente dois anos, todo acervo do Museu de Arte Contemporânea de Sobral (Museu Madi) se encontra guardado, sem acesso ao público. O prédio que sediava o museu se encontra fechado desde abril de 2009, após ser inundado pela cheia do Rio Acaraú. A falta de um espaço adequado para abrigar as mais de 100 obras que compõem a coletânea do único museu do gênero no País tornou o acervo inviável à visitação.

Até hoje, a Prefeitura de Sobral ainda não tem uma definição para quando as obras de arte voltarão à exposição. A Prefeitura estuda duas possibilidades para o impasse: manter o museu no mesmo lugar ou construir um novo prédio em outro endereço. "O prefeito Veveu Arruda classifica como prioritária a reabertura do Museu Madi, e já solicitou do secretário de Cultura, Campelo Costa, o projeto de um novo prédio", disse o secretário adjunto da Cultura, Raimundo Aragão.

Em contato com o secretário da Cultura e Turismo, Campelo Costa, ele adiantou apenas que trabalha em um projeto para adequar o atual prédio, onde poderá continuar a sede do Museu Madi. Porém, não deu mais informações. "Este é um assunto que deve ser discutido diretamente com o prefeito Veveu Arruda", disse. A reportagem tentou contato com o prefeito. A sua Assessoria de Imprensa informou que ele estava em Fortaleza, e também não podia fornecer detalhes sobre o andamento do projeto.

O prédio onde estava instalado o Museu Madi foi idealizado pelo uruguaio Carmelo Arden Quin, e está situado na margem esquerda do Rio Acaraú. Devido à sua localização, está vulnerável a alagamentos. Já sofreu dois: em 2004, quando ainda estava em construção, e cinco anos depois, o que deixou o prédio parcialmente destruído.

Todo acervo está guardado em local não revelado pela Prefeitura, como forma de garantir a segurança das peças. Algumas delas são avaliadas em até 300 mil euros (o equivalente a R$ 711 mil). Mesmo com a inundação do prédio, nenhuma delas foi danificada. A exceção fica para as obras monumentais na parte externa do museu.

Catalogação

"O curador do museu, Roberto Galvão, virá à Sobral, para avaliar cada obra. Devido ao tempo em que se encontram armazenadas, as peças podem ter sofrido algum tipo de alteração. Após isto, vamos catalogar cada uma delas, para que sirvam de estudo e tenham um caráter educativo, voltado para a formação de novos talentos", adiantou Campelo Costa.

No ano passado, a Prefeitura sinalizou a possível mudança do museu para a Praça do Patrocínio, no prédio ao lado do Museu do Eclipse, local onde funciona o gabinete da Secretaria de Cultura e Turismo. O assunto chegou a ser discutido entre o secretário Campelo Costa e o ex-prefeito, Leônidas Cristino. Assim, o escritório do secretário seria transferido para o prédio da Escola de Comunicação, Ofícios e Arte (Ecoa). Porém, a ideia não saiu do papel.

O Madi foi inaugurado no dia 5 de julho de 2005, por ocasião do aniversário da cidade. Está situado no espaço do anfiteatro à margem esquerda do Rio Acaraú, integrado à Ecoa. O evento inaugural contou com a presença de vários artistas Madi, que vieram da França, Hungria, Uruguai e Estados Unidos, especialmente para a inauguração.

Com a criação do museu, a cultura sobralense ganhou visibilidade internacional. O espaço é o primeiro do gênero construído no Brasil e também único representante do Movimento Madi no País. Foi possível graças ao sucesso das edições dos salões internacionais de artes plásticas realizados no Município, promovidos pela Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura e do Turismo.

Ruptura

O Movimento Madi, criado pelo artista plástico uruguaio Arden Quin, em meados de 1940, pode ser entendido pelo significado das letras M (Movimento) A (Abstração) D (Dimensão) I (Imaginação). Tem no seu conceito a ruptura dos ângulos tradicionais de um quadro. O movimento, que nasceu na Argentina, contava, no início, com dez participantes. Atualmente, pelo menos 100 artistas integram o movimento, difundido em vários países. França, Itália e Hungria têm fortes organizações do movimento. Também há artistas Madi na Argentina, Japão, Espanha e Estados Unidos.

O Museu de Sobral tem 100 obras doadas por artistas do mundo inteiro. São esculturas, pinturas e desenhos de valor artístico inestimável.

WILSON GOMES
COLABORADOR Diário do Nordeste


E um descaso para cultura do Brasil um acervo de grande importância esta jogado em uma sala na casa de cultura sem nenhuma segurança, mas e a realidade do acervo do movimento Madi que se encontra em Sobral nesse momento

sábado, 12 de março de 2011

exposição "Sob o Peso dos Meus Amores"







exposição "Sob o Peso dos Meus Amores" exibe mais de 300 obras, muitas inéditas, do artista visual Leonilson. A mostra abre na próxima quarta no Itaú Cultural de São Paulo

Uma poética traçada pelo desejo (quase uma necessidade), de captar a essência da vida. Costurada em meio a fragmentos íntimos de um homem e de um artista movido a pulsão irreprimível de criar. Em Leonilson a arte se transforma em puro sentimento, luminoso, sincero e apaixonante. Sem máscaras e sem rodeios.

O artista compôs trabalhos autobiográficos, povoados por afetos, palavras, poesia, desenhos, pinturas, bordados e instalações. Elaborou uma espécie de arquivo de vida utilizando sua produção como suporte, além de outros mecanismos que também serviam a catalogação de seu cotidiano, a exemplo de: agendas, diários, cadernos e fitas gravadas.

Na década de 80, Leonilson fez parte da geração que revolucionou o meio artístico brasileiro com a retomada da pintura. Mas, é nos primeiros anos da década de 90, que ele se firma como um de nossos destaques no panorama cultural com uma obra contundente, debruçando-se sobre os dramas e as angústias do homem contemporâneo por meio de uma produção que tinha nos traços e tonalidades delicadas dos desenhos e fragilidade dos bordados sobre tecidos como o voile, uma nova temporalidade para sua obra.

Retrospectiva

Diante de um universo tão amplo, os curadores Bitu Cassundé e Ricardo Resende, que também coordena o Projeto Leonilson, desde 1996, vêm se dedicando há seis meses a curadoria da exposição "Sob o peso dos meus amores", que abre no próximo dia 16, no Itaú Cultural, na cidade de São Paulo.

Segundo Cassundé, a mostra, que recebe o nome de uma das obras do artista, conta com mais de 300 trabalhos, instalação, debates e a oficina de animação Click Play, para crianças, onde elas aprenderão a criar personagens em stop motion e produzir vídeos inspirados nas obras da exposição.

Paralelo a mostra haverá a apresentação dos espetáculos de dança "O tempo da paixão ou O desejo é um lago azul" (2004), da Companhia da Arte Andanças de Fortaleza, coordenada pela coreógrafa Andréa Bardawil; e "El Puerto" (2006) e "Dedicate" (2010), de Marcos Sobrinho, todos eles inspirados na produção de Leonilson.

A mostra também se expandirá para fora do espaço Itaú Cultural. A partir do dia 20 de março, será remontada a instalação "Sobre duas figuras" (1993), mais conhecida como "Capela do Morumbi", o local onde foi projetada pela primeira vez. Essa é uma obra póstuma que não chegou a ser vista pelo autor, que faleceu pouco antes.

"A exposição tem como eixo temático alguns aspectos estudados por mim na minha dissertação de mestrado. Assim, Ricardo e eu buscamos explorar como a palavra se localiza na obra de Leonilson, a forte ligação taxinômica em sua produção, e a ideia da obra como um grande arquivo, como a vida foi projetada e construída nela", explica o curador Bitu Cassundé.

Para Ana Lenice, irmã do artista e diretora do Projeto Leonilson, a exposição é resultado da parceria da instituição com o Itaú Cultural. "O Itaú estar digitalizando nosso material impresso. A parceria já faz um ano. A exposição traz muitas novidades, até mesmo para mim. Há muitas obras que só tinha visto por fotografias, como dois desenhos de Leonilson que vem do MoMA de Nova York. Há também obras dos acervos do Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, Museu de Arte Moderna de São Paulo e de colecionadores particulares. Vejo a exposição com muita emoção", diz.

A amiga e curadora Dodora Guimarães também anseia em ver a maior individual de Leonilson já realizada. "Fui mais que amiga de Leonilson, eu fui quem o representei aqui em Fortaleza. Nós começamos praticamente na mesma época. Ele era muito intenso em tudo aquilo que fazia. Leonilson parecia que tinha pressa de viver, tudo na vida dele acontecia rápido. Ele era dono de uma pintura livre, lúdica e alegre. Leó é um artista muito interessante, ele foi a luta, tinha vontade de mostrar seu talento", ressalta.

Outros destaques

"Sob o peso dos meus amores" traz ainda como destaque o autorretrato "Mirror", assemblagem de feltro bordado e com costura, realizado por Leonilson nos anos 1970, e a vinda pela primeira vez ao Brasil da coleção do também artista e grande amigo Albert Hien.

Pela sua dimensão e importância, esta coleção vinda de Munique ocupa todo o primeiro subsolo do espaço expositivo do instituto e apresenta 71 obras - quatro de autoria de Hien, 66 assinadas por Leonilson, e uma instalação nunca antes exibida no país: "How to Rebuild at Least One Eight Part of the World" feita a quatro mãos pelos dois artistas. A maioria das obras são inéditas.

Segundo Ricardo Resende, o diálogo que Leonilson e Hien estabelecem em seus trabalhos impressiona. "É como se fossem um espelhamento de obras. Eles se reviram um na produção do outro. A diferença é que em Hien impera o sentido da forma; em Leonilson o que pesa mais são as relações interpessoais, mas sobre as mesmas formas".

A distribuição das obras de Leonilson é estruturada a partir de mapotecas, módulos onde estarão expostos trabalhos do artista, em que o público poderá manipulá-los. Haverá trabalhos nas paredes e a projeção de oito das agendas do artista que foi recentemente digitalizada pelo Itaú Cultural. (ACS)

MAIS INFORMAÇÕES

Exposição " Sob o peso dos meus amores", com curadoria de Bitu Cassundé e Ricardo Resende. Em cartaz até 29 de maio no Itaú Cultural, em São Paulo. Entrada gratuita.

A arte de Leonilson no Espaço Cultural Unifor

Em 2009, o artista cearense teve obras expostas no Anexo do Espaço Cultural Unifor. A individual contou com cerca de 40 obras e 70 objetos colecionados por ele

Na exposição "Diário de Bordo: uma viagem com Leonilson", realizada em fevereiro de 2009,o Anexo do Espaço Cultural da Universidade de Fortaleza (Unifor) trouxe um pouco do universo lúdico e do espírito colecionador do artista visual.

A mostra levou ao público cearense cerca de 40 trabalhos e 70 objetos colecionados por ele, distribuídos entre brinquedos de natureza variada: navios, aviões, macaquinhos de madeira, mapas, jogos, entre outros. Dispondo ainda de recursos audiovisuais, como vídeo.

Segundo Ricardo Resende, que, também, assinou a curadoria desta exposição, a individual funcionou como ponto de partida para crianças e adolescentes, artistas em formação, educadores e a todos que se interessem por arte, construírem suas próprias reflexões sobre a produção contemporânea. Tudo numa proposta de interação lúdica-educativa com cores, desenhos e formas.

Além disso, possibilitou o conhecimento sobre as obras autobiográficas de Leonilson. "Leó desde pequeno viajava muito, ele era um indivíduo do mundo, um imigrante por excelência. Por isso, a exposição faz referência ao seu caráter de ser viajante. Os brinquedos presentes na mostra foram comprados por ele, nos diversos lugares por onde passou. Serviam, inclusive, de inspiração para alguns de seus trabalhos", explicou o curador na época.

ANA CECÍLIA SOARES
REPÓRTER
Diario do nordeste

Sobre Leonilson







Quando se fala em artes visuais no Brasil tem que se fala de Leonilson , um dos grandes artistas brasileiro de todos os tempos, representante da geração 80, que nesse ano estaria completando 50 anos.Eu s

José Leonilson Bezerra Dias (Fortaleza, 1957— São Paulo, 1993) foi um pintor, desenhista e escultor brasileiro.
Em 1961 mudou-se com a família para São Paulo. Entre 1977 e 1980 cursou educação artística na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), onde foi aluno de Julio Plaza (1938-2003), Nelson Leirner (1932) e Regina Silveira (1939).
Teve aulas de aquarela com Dudi Maia Rosa (1946) na Escola de Artes Aster, que freqüentou de 1978 a 1981. Nesse último ano, em Madri, realizou sua primeira exposição individual e viajou para outras cidades da Europa. Em Milão teve contato com Antônio Dias (1944), que o apresentou ao crítico de arte ligado à transvanguarda italiana Achille Bonito Oliva (1939).
A obra de Leonilson é predominantemente autobiográfica e está concentrada nos últimos dez anos de sua vida. Segundo a crítica Lisette Lagnado, cada peça realizada pelo artista é construída como uma carta para um diário íntimo. Em 1989, começou a fazer uso de costuras e bordados, que passaram a ser recorrentes em sua produção. Em 1991, descobriu ser portador do vírus da Aids, e a condição de doente repercutiu de forma dominante em sua obra.
Seu último trabalho, uma instalação concebida para a Capela do Morumbi, em São Paulo, em 1993, tem um sentido espiritual e alude à fragilidade da vida. Por essa mostra e por outra individual realizada no mesmo ano, recebeu, em 1994, homenagem póstuma e prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).
No mesmo ano de sua morte, familiares e amigos fundam o Projeto Leonilson www.projetoleonilson.com.br/ , com o objetivo de organizar os arquivos do artista e de pesquisar, catalogar e divulgar suas obras.


CRONOBIOGRAFIA


José Leonilson Bezerra Dias nasce em Fortaleza, Ceará, no dia 1º de março de 1957.

Em 1961, Leonilson muda-se com a família para São Paulo.

Ingressa no curso de Licenciatura em Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) em 1977, freqüentando as aulas dos artistas Nelson Leirner, Júlio Plaza e Regina Silveira. Nesta época, divide atelier com o artista Luiz Zerbini. Em 1979, participa da sua primeira exposição coletiva "Desenho Jovem", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. O curso da FAAP é abandonado em 1980 e, ano em que ele participa da mostra "Panorama da Arte Atual Brasileira/Desenho e Gravura", no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Sua primeira viagem ao exterior acontece em 1981. Em Madrid, Leonilson realiza sua primeira exposição individual na Galeria Casa do Brasil. Visita diversas cidades européias. Participa da exposição "Giovane Arte Internazionale", Galleria Giuli, em Lecce. Em 1982 volta à Europa e viaja pela Itália, Alemanha e Portugal. Expõe individualmente na Galeria Pellegrino, em Bolonha. Realiza duas exposições individuais em 1983, em São Paulo, na Galeria Luisa Strina e no Rio, na Galeria Thomas Cohn. Conhece Leda Catunda. Viaja para Paris em 1985 para participar da "XIII Nouvelle Bienale" e visita Milão e Bologna. Viaja para Buenos Aires para participar da exposição "Nueva Pintura Brasileña", no Centro de Arte y Comunicación, e conhece Daniel Senise. Participa da "XVIII Bienal Internacional de São Paulo"e conhece o artista alemão Albert Hien. Ainda neste ano realiza exposições individuais na Galeria Luisa Strina, Thomas Cohn Arte Contemporânea e no Espaço Capital em Brasília.
Leonilson e Albert Hien, na Alemanha, 1986.Viaja para Europa em 1986 e expõe na Galerie Walter Storms com Albert Hien em Munique. Recebe o convite para hospedar-se na "Villa Waldberta" de 1º de maio a 15 de junho de 1987. Participa das exposições coletivas "A Nova Dimensão do Objeto", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, e "Transvanguarda e Culturas Nacionais", no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Em 1987, viaja para Europa, e, pela primeira vez, vai para Nova York. Expõe nas individuais "O Pescador de Palavras" na Galeria Luisa Strina, "Moving Mountains", no Kunstforum, Munique, e na Galeria Usina Arte Contemporânea em Vitória, Espírito Santo. Participa de várias exposições coletivas, como "Modernidade", no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris, e no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1988, expõe individualmente na Galeria Thomas Cohn Arte Contemporânea "O Inconformado". Vai para Nova York, Paris, Berlim e Amsterdã e participa de várias mostras coletivas: "Albert Hien/Leonilson" e "Seven Artists on Invitation", na Pulitzer Art Gallery, em Amsterdã; "Brasil Já", no Museum Morsbroich, em Leverkusen, na Galerie Landesgirokasse, em Stuttgart, e no Sprengel Museum, em Hanover. Em 1989 viaja para a Europa e Nova York. Neste ano, o Ministério da Cultura da França encomenda uma gravura comemorativa dos 200 anos da Revolução Francesa para vários artistas, entre eles Leonilson. Exposição individual "Leonilson" na Galeria Luisa Strina; "Nada Hás a Temer", na Gesto Gráfico, em Belo Horizonte; e os "Bombeiros Não São Corruptos", na Espaço Capital. Participa da exposição "Panorama da Arte Atual Brasileira/Pintura, no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Em 1990, vai a Londres (duas vezes), Nova York, Paris, Veneza e Amsterdã. Começa a gravar fitas, registrando idéias, tendo em vista o projeto de um livro que será realizado por seu amigo Ricardo Ferreira conforme era seu desejo. Exposição individual na Pulitzer Art Gallery. Recebe o Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no Salão Nacional. Em março de 1991 inicia as ilustrações da coluna semanal de Barbara Gancia no jornal Folha de S. Paulo, até maio de 1993. Viaja para Nova York, Los Angeles e Chicago. Em agosto, um teste revela que Leonilson é soropositivo ao vírus HIV. Participa das exposições "Viva Brasil Viva", no Liljevalchs Konsthall, em Estocolmo, e "Brasil: la Nueva Generacion", na Fundación Museo Bellas Artes, em Caracas. Em 1992 organiza a exposição "Um Olhar sobre o Figurativo" para a Galeria Casa Triângulo, em São Paulo. Viaja para Amsterdã, Munique, Paris e Nova York. Participa das exposições coletivas "X Mostra de Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América", no Museu de Gravura da Cidade de Curitiba e "Pintura Brasil Década 80", organizada pela Itaú Galeria, e realiza a série de 7 desenhos intitulada "O Perigoso". Em 1993, expõe em individuais na Galeria São Paulo e Thomas Cohn Arte Contemporânea. Participa da exposição coletiva itinerante "Cartographies", na Winnipeg Art Gallery, Winnipeg. Leonilson cria seu último projeto, uma instalação na Capela do Morumbi, São Paulo, mas não chega a vê-lo realizado. Em 28 de maio, falece em São Paulo.

quinta-feira, 10 de março de 2011




O Ministério das Relações Exteriores recebe, até 25 de março, inscrições para o I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea. Serão concedidos prêmios de até R$ 20 mil, em quatro áreas: pintura, escultura, fotografia e obras em papel.

O artista deve ser brasileiro e só pode inscrever uma obra. Para participar, é preciso enviar para artecontemporanea@itamaraty.gov.br os documentos: ficha de inscrição; currículo, com dez imagens de obras dos últimos dois anos; imagem da obra a ser inscrita (resolução de 300 dpi, em formato JPG ou TIFF); e declaração de autoria e propriedade dessa obra.

Outras informações estão disponíveis no site do Ministério e no edital. O objetivo do concurso é incentivar a produção artística brasileira e ampliar sua divulgação no exterior. O Itaú Cultural se soma ao Itamaraty nos esforços de difundir a ação.

I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea
Inscrições até 25 de março de 2011
Outras informações | Consulte o edital | Acesse a ficha de inscrição

quarta-feira, 2 de março de 2011

CONCURSO ARCOS DORADOS DE PINTURA LATINO-AMERICANA


• A segunda edição do Concurso Arcos Dorados de Pintura Latino-Americana é direcionada a artistas com idade entre 18 e 35 anos nascidos no Brasil, Costa Rica, Peru, Porto Rico e Venezuela.
• Uma equipe de curadores composta por Tamara Díaz Bringas (curadora independente, reside em Barcelona e San José de Costa Rica), Julieta González (venezuelana, curadora associada de arte latino-americana da Tate Modern, de Londres, Inglaterra, além de curadora independente), Rodrigo Moura (curador do Instituto Inhotim, de Minas Gerais, Brasil), Rodrigo Quijano (curador independente, vinculado ao ex-espaço “La Culpable”, de Lima, Peru) e Marianne Ramírez Aponte (diretora executiva do Museu de Arte Contemporâneo de Porto Rico) selecionará entre os concorrentes um artista de cada país de procedência. Os cinco artistas selecionados exibirão sua obra na 20a edição da arteBA (a “Feira”), de 19 a 23 de maio de 2011, nos pavilhões Azul e Verde de “La Rural”, em Buenos Aires, Argentina.
• Os cinco artistas selecionados na segunda edição do Concurso Arcos Dorados de Pintura Latino-Americana receberão US$ 8 mil (oito mil dólares) por sua participação, terão sua obra exibida em um espaço destacado da Feira arteBA’2011 e concorrerão ao Prêmio Aquisição, oferecido por um segundo Júri de Premiação .
• Os artistas poderão inscrever-se por meio do formulário disponível neste site, no período de 3 de fevereiro a 4 de março de 2011. Há uma área específica para as inscrições de cada país, na qual os interessados poderão completar as informações e enviar imagens das obras com as quais concorrerão. Os nomes dos artistas selecionados serão anunciados na última semana de março de 2011.

informações
http://www.arteba.org/concursoarcosdorados/

terça-feira, 1 de março de 2011

Inscrições abertas para festival em Estocolmo


Stockholm Fringe Fest promoverá trabalhos que explorem as possibilidades da performance e da instalação artística




Estão abertas, até 20 de março, as inscrições para a segunda edição do Stockholm Fringe Fest – Stoff, que acontecerá na capital sueca entre os dias 22 e 28 de agosto. Artistas de todo o mundo poderão participar do processo seletivo. Para tanto, devem preencher uma ficha cadastral e enviá-la, por e-mail, para a equipe do evento, junto com fotos, vídeos, matérias de jornal e/ou links de websites que apresentem suas obras. Mais detalhes em: www.stockholmfringe.com.

O Stoff foi criado para difundir o trabalho de profissionais inovadores, que questionem as formas convencionais de arte e explorem as infinitas possibilidades da performance e da instalação artística. Quem participar do festival poderá mostrar seu talento para plateias diversificadas. Terá oportunidade também de trocar experiências com outros artistas e de participar de workshops relativos a sua área de atuação.