sexta-feira, 16 de março de 2012

Primeira mostra fotografica Fotopensante

Um mercado de arte para o Cariri

Por Chrystian Marques


Começo esse artigo rememorando o que já escrevi sobre as artes visuais comandada por esses artistas de extrema talentosidade que o cariri produziu, produz. O Cariri pode muito mais, o cariri ter um circuito de artes super valorizado pelos consumidores da região como os de outros estados no eixo Rio-São Paulo! Onde está a prefeitura que peca ao não apoiar isso? Onde está o Estado nessa parceria? O SESC como instituição tem feito um papel importantíssimo ao abrir sua galeria para expor trabalhos dos mais variados, seguindo agora uma linha de pensamento conectado com a contemporaneidade, deixa muito claro sua excelência na representatividade artística e cultural da cidade e do estado - inclusive tive a oportunidade de expor lá. Mas o que está faltando que os artistas plásticos não faturam? Será qualidade artística? Duvido. Será modelo de imitação das instituições? Acredito que sim. Será falta de conhecimento na área de fluição do mercado? Sim. Por que os artistas tem que migrar para outro Estado? Será que as próprias instituições na região estão apenas catalogando os artistas abrindo seus editais (salvo o BNB que financia e dar cachê. Falta apenas o modelo de aquisição como o de Fortaleza) em vez de as afirmar, ou seja, já que são as instituições que conceitualmente elevam o status do artista, junto com os curadores, fazem o papel de juízes delimitadores da sua essência, porque isso não ocorre aqui no Cariri? Porque o SESC não investe num projeto de aquisições seguindo o modelo de investimento da arte como outros SESCs, Rio de Janeiro, tendo em vista o patrimônio artístico e assim divulgando no Brasil nossa identidade artística? Por que essas instituições já que procuram valorizar o artistas não o fazem mais acertadamente colocando em prática o intercâmbio com o consumo da arte em outros estados de maior poder aquisitivo? Amigos, artistas, leitores, constantemente e infelizmente recebemos no cariri pessoas que vem comprar trabalhos artísticos, curadores, e até artistas lá fora vendem por preços três vezes mais. O que quero dizer que o mercado de arte no cariri está como se estivesse dentro de uma panela, falta apenas acender o fogo para que seja consumido nossos talentos e acredito que se nós como sociedade caririense, artistas, não se ligarmos, estamos perdendo uma oportunidade de termos reconhecimentos; os artistas consigam preços adequados para seus trabalhos - até que venham de fora e ganhem a nossos custos nos tornando para alguns especuladores como empregados comprando nosso trabalho a preço de banana e comercializando a preço de caviar! Se liguem as instituições já que o mercado é capitalista, o que falta é a valorização da arte junto com esse capitalismo para fomentar ambas as partes. Evidentemente não estou defendendo que os conceitos sejam formados pelo capitalismo, mas que os conceitos sejam formados pela exigência do mercado x qualidade do artista x exigência das instituições.



Acredito muito que o Cariri ganharia novos investimentos extra-regionalidade porque para um mercado existir precisa-se mudar a maneira do sistema de capital e que tenha para nossa região a sua funcionalidade patrimonial. A funcionalidade patrimonial procura ver na arte a área também de conhecimento, como produto e não apenas como embelezamento, contemplação, decoração ou “hobby de desoculpados.” Como muitos ignorantes falam. O Crato, Cariri se desenvolveria substancialmente na área de cultura e artes.



O que desejam os artistas senão que entrem no circuito da arte. Apoiem essa idéia!



Chrystian Marques



Artista Plástico

terça-feira, 6 de março de 2012

Coletivo Camaradas promove Laboratório de Arte Contemporânea

Por Leylianne Alves

Se você tem interesse por arte e estuda em alguma escola de ensino médio da rede pública do Crato, poderá se inscrever, entre os dias 12 e 13 deste mês, no Laboratório de Estudos, Vivências e Experimentações em Arte Contemporânea (LEVE Arte Contemporânea), que será organizado pelo Coletivo Camaradas e terá suas atividades iniciadas no próximo dia 14.
O laboratório tem o objetivo de aproximar os jovens das novas formas de organização artística e da arte contemporânea. Durante os trabalhos, acontecerão visitas a espaços de arte, tais como galerias, teatros, ateliers e mesmo espaços urbanos. Além disso, os participantes também terão contato com artistas, produtores, curadores, pesquisadores e artistas/educadores.

O laboratório terá seis monitores e serão ofertadas 20 vagas por escola de ensino médio. Todas as escolas do Crato serão visitadas durante o período de inscrições. As experiências realizadas neste espaço serão, em especial, as intervenções urbanas e performances. Também haverá espaço para universitários da região do Cariri.

Uma experiência piloto deste trabalho vem sendo realizada, desde o ano passado, no Colégio Estadual Wilson Gonçalves e na Escola Teodorico Teles de Quental. Estas atividades resultaram em sei vídeos que têm a finalidade de auxiliar os professores de Artes e que estão em exibição na Galeria de Artes do SESC Juazeiro do Norte, na Exposição de Não Artistas.


Os trabalhos acontecerão no Auditório do Centro Cultural do Araripe, localizado na RFFSA - Crato. As reuniões acontecerão duas vezes por semana, até o mês de dezembro. O Leve Arte Contemporânea é uma realização do Coletivo Camaradas e tem a parceria da Secretária de Cultura, Esporte e Juventude do Crato, da Sociedade Cariri das Artes, do Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA e o Programa Nacional de Interferência Ambiental – PIA.

Lançados os editais do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012

A Funarte publicou, no dia 6 de março, quatro editais do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012. Válidos para todo o Brasil, os editais selecionam projetos de exposições, a serem realizadas nos espaços de artes visuais de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e São Paulo (SP).
Estão habilitadas a participar pessoas físicas, envolvidas com as artes visuais. O (a) participante pode também representar coletivos de artistas, ou pode, ainda, ser representado (a) por uma pessoa jurídica. O edital foi publicado no Diário Oficial da União, nº 45, Seção 3.
O objetivo do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea é estimular a multiplicidade e a diversidade de linguagens e tendências, em seus vários tipos de manifestação, estimular a produção artística e promover sua difusão, bem como a reflexão e a troca de informações por toda a comunidade ligada às artes visuais. Todas as ações ou produtos gerados pelo Prêmio serão gratuitos. Além disso, os editais do Prêmio dão ampla liberdade quanto às linguagens a serem utilizadas nos projetos, que podem ser direcionados a qualquer público.
Os projetos com inscrição validada serão analisados por comissões de seleção independentes. Elas serão compostas de um representante da Funarte; os demais serão convidados, por notório e amplo conhecimento da produção nacional de artes visuais. A Funarte apenas acompanha e preside os trabalhos desta comissão, não influenciando no resultado final.
Entre os resultados planejados na proposta, devem ser previstas as possíveis contribuições ao conhecimento e à difusão de processos criativos em artes visuais. Na elaboração dos projetos, devem também ser considerados a qualidade, o planejamento e a divulgação necessários para a disponibilização dos resultados à sociedade, e ainda a adequação à arquitetura e às especificidades de cada espaço.